Setembro tem sido um mês que se repete ano após ano. Dei por mim a observar crianças com 6 anos e a quem os pais optaram por não seguir a via de ensino ortodoxa. Continue reading As páginas do livro da ilusão começam a escrever-se cedo
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E tu o que é que vais fazer a seguir?
Há dois anos que visito Brockwood, uma das escolas fundadas por Krishnamurti. Este ano participei na Teaching Academy onde ao longo de uma semana somos convidados a reinventar a escola. O espaço é propício à reflexão e o Verão inglês não é nem quente nem demasiado frio. Nesse cenário é fácil meditar sobre questões como: Precisa um professor de saber a sua matéria antes de a ensinar? O que os alunos estão a aprender é aquilo que os professores julgam que estão a ensinar? Conseguimos observar o aluno sem juízo? Porque é que numa sala de aula fazemos preguntas para as quais já sabemos as respostas? É mesmo preciso ter muito dinheiro para se conseguir ter uma escola? Como é que se mede o sucesso da educação?
Contou-me um dos professores da escola que conheceu pessoalmente o Krishnamurti, que a certa altura, quando a escola se preparava para receber os alunos para um novo ano lectivo Krishnamurti perguntou: “Como iriam eles receber os alunos nesse ano?”. A cada resposta que os professores e pessoal davam K objectava e mostrava como essa resposta não era satisfatória. Ao fim de quatro horas de respostas sempre insatisfatórias, os professores e o pessoal renderam-se e disseram “Não sabemos, nós não sabemos como vamos receber os alunos!” A face de K iluminou-se e disse “É isso! É assim que vocês vão receber os alunos!”
Sei de muita gente que sai daquela semana de Brockwood sem saber o que vai fazer a seguir, mas com a confiança de que aquilo que fizerem com os seus alunos, seja em que parte do mundo estiverem será a melhor coisa possível na circunstância e na altura em que a fizerem.
Que espaços para as nossas escolas?
Há uns anos atrás num fórum sobre educação agora extinto publiquei estes diapositivos para lançar a discussão. Na altura não consegui será que agora tenho mais sorte?
Quando tudo o resto falha…
Com mais de um ano de educação doméstica e cerca de 3 meses a braços com o “1º ciclo” gostava de partilhar algumas ideias sobre a escolha de permitir às crianças aprenderem em casa. Não tenho razões de vida para tal escolha. Não sou nómada, não me ando a esconder, sou uma cidadã como todos, com morada, impostos e tudo o mais. Todas as razões prendem-se com a educação em si e com o crescimento da pessoa/criança.
Os fazedores da escola moderna
A propósito da história da educação americana, John Taylor Gatto* faz uma brilhante resenha histórica para compreendermos como o capitalismo nos tem conduzido à escola como ela é hoje, e à perda de valores que nos colocam num total vazio humano.
Ver em American Education History Tour