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O espaço como terceiro elemento facilitador da aprendizagem

O espaço como meio de aprendizagem tem sido a meu ver muito negligenciado ou mal avaliado quando nos referimos a uma escola. Nas chamadas escolas modernas substituímos as árvores, a terra, as pedras por recreios pré-fabricados onde a noção de brincar, de criar está mais uma vez condicionada aos objectivos políticos, sociais e económicos. A sala de aula é um espaço de tensão, onde se espera corresponder às expectativas daquele considerado hierarquicamente superior, o professor. Olha-se para o professor para tentar responder às suas expectativas, avaliam-se olhares, franzir de sobrancelhas, sorrisos,….e com tudo isto aprende-se a “querer ser aceite pelo que os outros esperam de nós e não pelo que somos”. Reggio Emilia, desenvolveu após a Segunda Guerra Mundial um trabalho acerca da importância do espaço físico da escola defendendo: “As crianças devem ter algum controlo sobre a direcção da sua aprendizagem. As crianças devem estar aptas a aprender através de experiências de tocar, movimentar, escutar, ver e ouvir. As crianças relacionam-se com outras crianças e com objectos no mundo que lhes deve ser permitido explorar. As crianças devem ter infinitas formas e oportunidades de se expressarem.” Emilia, Reggio

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Os alunos precisam dos professores?

 “Todo o professor que pode ser substituído por uma máquina, deve ser.” Sir Arthur C. Clarke

Central na noção de escola, temos as noções de aluno e professor, assim como, as funções inerentes a estes dois pólos. No decurso das minhas visitas, várias foram as noções que foram abaladas ou mesmo totalmente modificadas. Estes filmes ilustram precisamente uma dessas noções. Afinal qual é o papel dos professores numa escola?
Filmes para ver e debater:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=xRb7_ffl2D0]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=dk60sYrU2RU]

Mudar os Paradigmas da Educação

Pt – Es – Ing

Desde sempre que ouço falar de educação. Em pequena a escola era um símbolo de lugar para obtenção de uma maior literacia. E confesso que acreditei nisso durante muito tempo. Talvez também porque na minha educação os meus pais deixaram grande parte desse papel à escola. Era aí que existia alguém para me transmitir “conhecimentos” de história, geografia, português, matemática, moral,… Em casa teria de repetir tal e qual estava nos livros de aprendizagem o que me era “ensinado” na dita escola. Mais uma vez estava convicta que esse era um lugar que me preparava para o “futuro” e me permitiria “ir mais além”. A escola era um espaço formal, onde cada dia que passava tinha de demonstrar ter aprendido as competências do dia anterior e assim sucessivamente.

Não há tantos anos como gostaria, dei-me conta que a escola, a forma de aprendizagem e todo o sistema social envolvente tinha um fim capitalista, não era um espaço de liberdade interna e fazia todo o sentido compreender que o local onde o ser humano passa mais tempo da sua vida jovem é também um dos responsáveis por uma série de tragédias que vivemos diariamente individualmente e em grupo. E desde então não quis olhar para a educação sob o olhar da critica mas antes ter um papel activo nessa mudança, passando a observar que todos somos agentes de educação com uma enorme responsabilidade pelos lugares onde colocamos os nossos filhos e todas as demais crianças para supostamente “aprender”. Resta saber o quê? e Como? Ter um papel activo de observar diversos métodos de ensino, observar o ser humano enquanto indivíduo isolado e enquanto indivíduo inserido num grupo e estar activamente nesse processo.
Nesse sentido deixo aqui uma pequena contribuição daquilo em que também acredito que têm sido as escolas enquanto estabelecimentos de ensino.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=zDZFcDGpL4U]